
Vivo as vezes sem ver meu futuro, sem até mesmo ver o meu próprio hoje, outras vezes
sinto como estando anestesiada, outras, quando me dou conta da solidão que me cerca,
até sem ar, sufocada como se ele fugisse de meus pulmões e fosse respirar em outros
campos, em outras vidas, em outros corpos.
Me sinto presa num mundo tão, tão pequeno que o oxigénio não é suficiente para
apenas um corpo, tudo parece tão longe e inatingível, coisas simples que desejo
e não tenho, vidas que vivo e não possuo.
Palavras que me somem na hora que as necessito, mente que viaja, que vagueia
no éter do planeta, pensamentos como gotas de orvalho que caem numa flor,
numa linda e vermelha rosa erótica e úmida.
Fecho os olhos e vislumbro silhuetas, sombras, imagens que se misturam,
o ar me falta novamente, abro a boca em busca de mais oxigênio,
ele vem, ínfimo, como se a outra parcela ficasse em outro corpo,
em outro campo, em outra existência!
MMR - 01/08/2010 - 00:57h
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