Caminhar
Ando pela rua disfarçando a tristeza,
Observo a árvore alta e tranquila,
A fonte jorra, como jorra minha alma
As mágoas e desilusões para o nada,
Esperando que você me encontre,
Meu alento é o dia seguinte, sempre o
Dia seguinte, mais um sem sua presença,
Minha sentença é essa, viver na esperança,
Ando pelas ruas e praças sem ver o que passa,
Nada me que faça sentir a alegria de ver o seu
Sorriso, seus olhos falando com os meus,
Ou quem sou, nada, um nada num mundo
Tão grande e inquieto que me aquieto
Nos meus próprios pensamentos.
Medos, inseguranças, invadem
minha lembrança.
Sem esperança, sem aliança, me sinto
Uma criança deixada na sua própria infância,
Não tenho desejos de voltar, achar o caminho
Porque sei que nele não vou te encontrar.
Márcia Raphael
23/11/11 - 18:56h
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