Mais um final de semana!
E mais um final de semana se vai, passa o
sábado todo, penso em fazer acontecer, mas o destino e a rotina me levam para o
mesmo canto, canto do sábado comum. Acordo, serviços de rotina, tomar café.
Vejo o beija flor de flor em flor e me encanto, me alegro de novo, que lindo!
Mas lembro que tenho que sair, tomo banho e chamo a neta, vamos.

Cidade, banco, distração, pára numa loja olho
roupas e sapatos, lindos modernos, não posso este mês, minha pequena pergunta,
mãe entra aqui? Olha pede e eu digo, ainda não, insatisfeita ela sai.
Isso me dói o peito, tantos com tanto e tanto desperdício
disso e daquilo que penso, injustiça? Não sei, custo a crer e não quero crer
que cada um tem o que merece, parece uma frase tola, comodista e
feita por quem tem sempre mais.
Entro no banco pego pagamento e faço a
conta, ela observa e acompanha, diz nossa sobrou só isso? Pois é, trabalho o
mês todo e sobra isso, mas graças a Deus dá para pagar todas as contas, água,
luz, aluguel, internet, fatura e ainda dá pra tomar sorvete (risos) e assim
vamos caminhando olhando lojas, rindo, brincando.
Acordo domingo
faço planos hoje vou ao Parque Ecológico tirar fotos, me distrair, vou até a
Pádua Salles ver a atividade dos soldados que estão por aqui, mas vejo a
máquina cheia de novo e assim passa o horário. E outra máquina surge e outras
necessidades junto. Chuva fina me faz tirar a roupa do varal, o tempo brinca,
chove e pára corro pra dentro e pra fora com as roupas, e assim o dia se vai. Vinte e três horas e eu ainda não tomei meu
banho, deixo o almoço de amanhã pronto, arrumo o quarto, guardo as roupas, pinto a unha da minha lindinha, vó faz minha unha? E assim passo esmalte
enquanto ela vê TV e admira a nova cor.
Bom, já é tarde quase meia noite e eu resolvo escrever, tomei meu leite com chocolate, minha linda já está dormindo, tomo
banho e me preparo para mais uma noite, esperando que amanhã seja melhor e
será. Escrevo, penso, repenso, reflito e grito por dentro, não posso parar de
falar, de pensar, de escrever.
Depois de passar creme nos pés e nos braços e
sentir o delicioso cheiro de Buriti, me sinto mais leve, dormir pelo menos
cheirosa, sozinha e macia numa cama dura de colchão velho que já se moldou ao
meu peso e já parece até meu amigo, me espera de braços abertos, edredom macio
cheirando amaciante, pelo menos me faz fantasiar que estou onde quero estar.
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