30/10/2013
No olho do furacão
Confesso que eu sou uma eterna interrogação, quase nada me basta de conhecimento, busco em mim, busco fora, busco em você, no outro, busco nas letras e nas falas.. busco na natureza, no silêncio... Sou ansiosa sem admitir que sou, tranquila quando quero, mas no fundo estou insatisfeita com tudo e comigo mesma por não conseguir me "juntar" como alguns seres naturais e comuns.
Me sinto muitas vezes como o vento, como a água, como a terra e como fogo... sou inconstante e infeliz às vezes e mesmo assim busco a constância, a tranquilidade das águas, a firmeza da terra, a impetuosidade das chamas, a rapidez do ar... Sofro por ser assim, por não conseguir ser uma coisa previsível, ser uma pessoa que você olha e convive e diz, assim é a Márcia, por que quando diz eu já estou em outro canto, apesar de ter alguns pontos amarrados em mim e visíveis aos olhos dos outros, eu não me sinto feliz comigo nem com que tenho e nem com me tornei... Muitas vezes me acho depressiva, pequena, outras sei que tenho muito que oferecer e ensinar, e aprender ainda... Mas a insatisfação me poe no olho do furacão todo dia.
Márcia Raphael em 30/10/13
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